Mais financiamentos para o setor automotivo | ||||
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No que depender do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, os programas de financiamento para todos os segmentos da indústria automotiva serão mantidos em 2012. O compromisso foi reafirmado, na manhã da última sexta-feira (25), durante o XXI CONGRESSO FENABRAVE. Mesmo diante de um cenário de incertezas nas economias da Europa e dos Estados Unidos, estão previstos cerca de R$ 4 milhões de crédito, para aumentar a capacidade de produção de novas fábricas nos próximos anos. “Felizmente, o nosso sistema bancário está muito bem”, afirmou Coutinho.
Na análise feita pelo presidente do BNDES, o crescimento das economias de países em desenvolvimento tem sido positiva, cerca de 3,5% acima dos países desenvolvidos, especialmente os que fazem parte do BRICS (Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul). “Além de ser um dado curioso, ele indica o potencial que o País tem para estar entre as cinco maiores economias em crescimento do mundo. A preocupação do governo brasileiro é evitar a excessiva desaceleração do crescimento, já sentida pelos reflexos da crise internacional”, disse.
A confiança no governo brasileiro também deve atrair, segundo anunciou Coutinho, a entrada de U$ 1 trilhão de capital estrangeiro até 2015, o que vai contribuir para o avanço de setores, a exemplo do Telecom, além do automotivo.
Futuro do setor automotivo
A queda na produção global de veículos de 77 milhões de unidades registrada em 2010 tem surtido efeito, mas não estagnou o setor automotivo brasileiro que, até outubro de 2011, apresentou aumentos de 3% e de 10% na produção e nas vendas, respectivamente. De acordo com o presidente do BNDES, o apoio à indústria automotiva será mantido. “Bens de capital com rodas, exceto carros de passeio, continuarão tendo a nossa atenção. Nos últimos anos, liberamos cerca de R$ 6 bilhões para aumentar a capacidade produtiva de novas fábricas”, afirmou Coutinho.
Outros investimentos foram destacados pelo BNDES aos empresários do setor de caminhões e implementos agrícolas, com a liberação de R$ 20 bilhões, até outubro de 2011, para demonstrar os incentivos que vêm sendo renovados pelo governo.
Ao encerrar a palestra, Coutinho se comprometeu em avaliar as sugestões feitas pelos representantes da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), como a demora na liberação do crédito para compra de máquinas agrícolas, que pode levar até 60 dias, reduzindo as margens de lucro do setor.
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